O que deve ser considerado pelas empresas na retenção dos Millennials
Os jovens recém-formados ou que saíram da universidade há alguns anos fazem parte do que os executivos e líderes de empresa chamam de geração Y ou Millennials. Trata-se do contingente de profissionais que nasceram entre 1980 e 2000 e, por isso, representam a principal força de trabalho em grande parte do globo.




A importância dos Millennials para a economia de uma nação tem levado aos líderes e diretores de empresas a fazerem “suposições” sobre o comportamento e pontos de vista desses profissionais no que se refere às suas carreiras. Uma das máximas afirmadas por alguns gestores é de que os Millennials não estão preocupados em ter uma carreira sólida com promoções de cargo ao longo dos anos, a considerar o comportamento imediatista dessa geração.




Entretanto, uma pesquisa levantada pela CEB – empresa de consultoria norte-americana que realiza entrevistas com 90 mil profissionais trimestralmente – derrubou essa e outras convicções praticadas por vários líderes, comprovando que a generalização é o caminho errado para prever as atitudes e perspectivas dos Millennials. De acordo com o estudo, 33% dos entrevistados da geração Y enxergam a possibilidade de crescimento futuro em uma corporação como um dos cinco principais motivos para concorrer a um emprego, enquanto que no grupo de profissionais fora da geração Y essa taxa é de apenas 21%.




Além disso, ficou confirmado pela mesma pesquisa que os Millennials não são tão colaborativos conforme supunham muitos gestores baseando-se nos comportamentos estimulados pelas redes sociais. Na prática, os profissionais mais jovens são os mais competitivos: 59% afirmaram que a competição é justamente sua “injeção de ânimo” para acordar e ir trabalhar, ao mesmo tempo em que 58% declararam que possuem o hábito de comparar seus desempenhos com o dos seus parceiros profissionais, contra 48% das demais gerações.




A pesquisa realizada pela CEB também discorreu sobre os métodos de retenção de talentos dentro da geração Y. Ao longo das entrevistas ficou explícita a importância de oferecer planos de carreiras bem delineados, que consigam expor os possíveis saltos profissionais durante o “percurso” dentro da companhia, bem como, as recompensas individuais ofertadas.




Tais recompensas variam desde um aumento de salário até simples ações de valorização com brindes corporativos, em eventos que destacam o esforço dos Millennials e reconhecem seus méritos.